domingo, 23 de maio de 2010

Limitação angustiante



Quem vos desabafa neste post, é o Raphael ouvinte de música.

Nesta ocasião, você repara que atualmente não é feito música como antigamente. Sério, hoje em dia tem tanta porcaria por aí, que não está no gibi. E olha que nem estou me referindo ao funk carioca, estou falando de coisas tipo rock, heavy metal (e suas vertentes), música popular, etc.

Essa minha angústia tem ocorrido das ultimas duas semanas pra cá. Todo dia eu tenho procurado ouvir bandas novas, cantores recentes no cenário, e eu só tenho me deparado com coisas ESTRANHAS, que seguem um ciclo viciante:

1- Fazer música com harmonias velhas (aquelas conhecidas como "feijão com arroz"), ou harmonias non-sense.
2- Criar uma música sem nenhum espiríto, e sem qualquer magia. (Poucos entendem isso).
3- Apelar para o máximo de instrumentos diferentes para chamar a atenção.
4- Nem preciso falar com relação à letra, né?

E qual problema desse ciclo viciante?
A pior parte dele, é a estagnação, criando-se músicas em cima de "moldes".

Uma vez, eu estava passando umas férias na casa do meu irmão e, então, avistei da varanda do apartamento um garoto tocando violão no playground. Resolvi descer e me enturmar.

Começamos a trocar altos papos, ele me emprestou o violão, eu toquei, enfim, foi muito bacana!
Daí chegaram umas pessoas, dentre elas, um garoto de 1,50m e 13 anos de idade no máximo. Ele chegou até a pegar outro violão para tocar "conosco".
90% das músicas que ele tocou, ele mesmo havia composto. Muito bom para um pirralho, hehehe, mas havia um "porém".

O lance era que o garoto simplesmente escrevia letras bonitinhas e as colocava dentro de acordes bôbos e repetitivos, sem se quer pensar nas milhões de possibilidades que há para uma música ou arranjo vocálico, e acima de tudo, usando clichês terríveis.
No final da conversa (e depois dele se exibir bastante), o garoto revelou que tinha uma banda e que queria começar a tocar de verdade. Eu sorri para ele e falei "É isso aí!", me despedi de todos, me retirei do local, e subindo o elevador de volta para o apartamente, dei aquele suspiro e balancei a cabeça como quem diz um "não". Acho que me filmaram fazendo isso, o elevador tinha câmera, uaehuaehuhe.

Está aí um exemplo de futuro artista "molde".

Eu não sou um GRANDE entendedor de música, muito pelo contrário, eu estou começando agora a ouvir coisas em geral, mas quando a gente se propõe a sair de um mundo (estilo) começamos a ver essa realidade, escancarada em nossas faces, ou melhor, ouvidos. =)

Atualmente é TÃO dificil de se achar uma música boa, chega a ser incrível, pois em alguns momentos eu acho melhor ficar "preso" à infinidade do passado musical, que brilhou muito, do que estar livre para ouvir tanta porcaria sem espirito de música.

Vou deixar um link para um video de uma banda clássica; Genesis.
A música é muito boa, cheia de magia e vida. Do jeito que uma música deve ser.
Fiquem bem, e pensem mais sobre este assunto! =]

Ps.: A sombra da foto é da minha cachorra, eu tava querendo tirar uma foto dela, e tava pronto para ir para o curso, daí explica os fios (que eram do fone do meu celular, sempre saia com fones para ouvir música =D).

5 comentários:

Thaís Fernandes disse...

Klaus! :D Em primeiro lugar queria te parabenizar pela organização do blog. Está muito bonito, viu? ;) Sobre o post, lembrei de uma pergunta que me fizeram uma vez: "Me fale uma banda nova que seja boa. Boa que eu digo não é legal, é boa mesmo, em todos os sentidos." Há alguns anos atrás, eu diria algumas bandas novas que eu curtia, e até curto ainda. Mas hoje em dia eu não as julgaria boas em tudo. Vejo que as antigas são bem melhores, na essência principalmente. Acho que não têm mais o que criar, então ficam nesse ciclo vicioso, como você disse. ;) Mais uma vez, parabéns, parabéns pelo blog. :)

Ok disse...

Cara, agora que você falou nisso... Confesso que eu nunca tinha parado para pensar por esse ponto e agora vejo que você tem toda a razão. Quase não existe mais aquele "feeling" de antigamente. O lado bom é que ainda podemos escutar as músicas de antigamente, e não se prender aos clichês de hoje em dia! :)

Bre... disse...

Uia...mudou a "cara" do blog hehe
Tudo bem com vc, guri? N sei se lembra de mim...sou a Brenda..daqui de Tere...não estou mais usando meu orkut...eu tb não estava mais usando esse blog,mas agora voltei com ele ;)
Abrç.

Estou seguindo o seu blog.

Bruno M disse...

concordo totalmente com a sua enumeração do que constitui o ciclo vicioso.

Bianca Morais disse...

Pooois é. Infelizmente, é assim. Na minha (sempre) radical opinião, acho que daqui em frente, não se pode esperar nada mais de bom na música. Procuro sempre tentar ouvir antes de julgar, mas tem coisas que nem precisam ser ouvidas... :/
Talvez, quem sabe, salvemos raras exceções, alguns (ao contrário do gurizão que tu citou) que queiram "tocar pra valer", não façam um bom trabalho e recuperem alguma coisa da música, né? Acho que nem em MPB temos coisas atuais que sejam boas (assim como tu, eu me desprendi de ouvir só um gênero músical e hoje em dia ouço bastante coisa diferente, tirando, ÓBVIO, funks, pagodes e sertanojos). =D

O negócio é voltar pros anos 60, 70, 80... aiushiahs

Muito bom teu post, Raphael =) Já comentei alguma vez que tu escreves tri bem? :D

Ótimo domingo pra ti, guri! :***